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Especialistas ALERTAM sobre a armadilha do consignado; entenda os riscos da modalidade

Por mais que o consignado seja vendido como uma opção com juros reduzidos, ela pode oferecer riscos ao tomador de crédito, em algumas situações. Entenda.

O crédito consignado tem se tornado uma opção popular entre os brasileiros que precisam de dinheiro rápido e com juros menores. Ele pode ser solicitado, principalmente, por servidores públicos e aposentados e pensionistas do INSS. 

Neste ano, o Governo Federal autorizou a redução do teto de juros da modalidade para beneficiários do INSS. Agora, a categoria paga, no máximo, 1,68% de juros ao mês. 

No entanto, especialistas alertam para os riscos dessa modalidade de empréstimo. Entender os detalhes e as armadilhas do crédito é essencial para tomar decisões financeiras mais conscientes.

Especialistas ALERTAM sobre a armadilha do consignado; entenda os riscos da modalidade
Entenda os riscos do consignado aos aposentados do INSS – Foto: Jeane de Oliveira

Juros do consignado é reduzido, mas modalidade continua apresentando riscos; entenda

O crédito consignado é um tipo de empréstimo onde as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício previdenciário do contratante. 

Esse mecanismo garante ao banco o recebimento das parcelas, o que permite a oferta de taxas de juros mais baixas em comparação com outros tipos de empréstimo. 

É uma modalidade amplamente utilizada por aposentados, pensionistas do INSS e servidores públicos.

Quem pode fazer consignado?

O crédito está disponível para aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos e trabalhadores de empresas privadas. No último caso, os empregadores precisam ter convênio com instituições financeiras. 

Esses grupos têm acesso a essa modalidade devido à garantia de renda fixa e à estabilidade do pagamento das parcelas, o que reduz o risco de inadimplência para os bancos.

Como funciona?

O empréstimo é concedido com base na renda mensal, e o banco define um limite de crédito de acordo com a capacidade de pagamento do solicitante.

A margem consignável, estabelecida por lei, define o máximo que o tomador de crédito pode dispor de seu salário ou benefício para pagar o empréstimo.  

As taxas de juros são geralmente mais baixas, e os prazos para pagamento podem ser longos, permitindo parcelas menores e mais acessíveis.

O que é margem consignável?

É o percentual máximo da renda mensal que pode ser comprometido com o pagamento das parcelas do crédito consignado. 

No Brasil, a legislação estabelece que até 45% do salário ou benefício pode ser utilizado para essa finalidade, sendo 35% destinado ao crédito consignado tradicional e 10% ao cartão de crédito. 

Essa margem garante que o contratante ainda tenha parte de sua renda disponível para outras despesas.

Quais são os riscos da modalidade?

Apesar das vantagens, o crédito consignado apresenta riscos significativos. A principal desvantagem é a diminuição da renda mensal disponível, já que as parcelas são descontadas diretamente do salário ou benefício. 

Isso pode levar à dependência do banco para cobrir despesas e ao empobrecimento gradual, caso novos empréstimos sejam necessários para suprir a falta de renda. 

A falta de controle sobre o orçamento pessoal pode resultar em um ciclo de endividamento difícil de sair. Na prática, o tomador de crédito pode usar mais do que 45% da sua renda para pagar o banco, uma vez que ele dependerá de novos empréstimos. 

Simulação de consignado

Para ilustrar o impacto do crédito, considere um empréstimo de R$ 20 mil com juros de 1,68% ao mês (praticados pelo INSS):

  • Para um prazo de 12 meses, a parcela seria em torno de R$ 1.866,00;
  • Para um prazo de 24 meses, a parcela seria aproximadamente R$ 1.016,00;
  • Para um prazo de 36 meses, a parcela ficaria cerca de R$ 742,00.

Esses valores mostram como o prazo de pagamento influencia diretamente o valor das parcelas mensais. Contudo, prazos de pagamento maiores implicam em juros maiores, mesmo que as parcelas sejam mais baixas. 

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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